No início de 2011 me submeti a um procedimento cirúrgico pouco invasivo com o intuito de tratar duas protusões que insistiam em “dizer” que eu não tinha mais idade para fazer montanhismo, atividade esportiva que comecei a praticar em 2007, aos 55 anos de idade.

​

Após a operação, o veredito do neurocirgurgião foi que eu deveria evitar qualquer atividade física durante os próximos dois meses e que só saberíamos se a cirurgia tinha sido bem sucedida ou não depois de cerca de um ano. Além disso, eu teria que fazer exercícios para o resto da vida, pois era importante manter a musculatura da região lombar sempre reforçada.

​

Como comecei a fazer Pilates a partir de 2009, após a primeira crise na lombar, entrei em contato com a Luciana, que já conhecia desde essa época e combinamos que, inicialmente, faríamos um programa de fortalecimento muscular e depois faríamos manutenção/preparação física. 

No final de 2011 pretendia me juntar a um grupo para subir o Kilimanjaro, o ponto mais alto da África, em agosto de 2012.

Passei todas as informações que dispunha sobre o nível de dificuldade que enfrentaria e, por total confiança no seu trabalho, nem perguntei se além do condicionamento cardiovascular, “só” com o Pilates eu daria conta de chegar no cume. 

Sua resposta positiva foi ratificada às 8h e pouco da manhã do dia 19 de agosto de 2012, quando Marilene, minha companheira, e eu chegamos no topo da África, a 5895 m de altitude, após uma ascensão que durou 8h a partir do acampamento base, a 4800m, e com uma temperatura de 12 graus negativos no início da caminhada. 

Depois dessa minha primeira alta montanha, já fiz e farei muitas outras, mas sempre incluindo um programa de preparação física combinando Pilates e condicionamento cardiovascular.

​

Eduardo Duarte